sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Zequinha: paradoxo?


Pode parecer um paradoxo, mas as vezes eu penso que ser terra natal de Zequinha de Abreu mais atrapalha do que ajuda Santa Rita no que se refere a cultura.
Na capa do Caderno Mais da Gazeta desta semana, eu publico uma matéria que fiz sobre a versão surf music que meu amigo João Erbetta gravou nos EUA de “Tico-tico no fubá”. Na mesma capa, em um artigo, eu questiono os motivos que remeteriam Santa Rita ao esquecimento quando o assunto é cultura, relatando uma “lenda” sobre o conservatório de Tatui e a realidade do mesmo, que ganhou uma "filial" em São José do Rio Pardo, em parceria com a prefeitura. Por que lá?

Céu e inferno

Essa veio por e-mail, mas eu dei uma adaptadinha:

Um político, prefeito de uma pequena, está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre.
A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.
“Bem-vindo ao Paraíso”, diz São Pedro
“Antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos políticos por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você”, completou o santo.
“Não vejo problema, é só me deixar entrar”, diz o antigo senador.
“Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade”, propôs o santo.
“Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso”, diz o senador.
“Desculpe, mas temos as nossas regras”, respondeu o dono das chaves do céu.
Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos conhecidos. Todos muito felizes em traje social.
O prefeito é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos à custa do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
“ E aí? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso”, perguntou. “Agora escolha a sua casa eterna”.
O prefeito pensa um minuto e responde: “Olha, eu nunca pensei. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno”.
Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.
Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do prefeito, que diz, gaguejando: “Não, não estou entendendo, ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!”
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz: “Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto”.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Comparação básica


E dizem que brasileiro é esperrrrrrto! Só se for o político brasileiro, porque o povo...

Custo Brasil


Estudo da Organização Transparência Brasil concluiu que os parlamentares brasileiros são os mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$ 11.545,00. Cada Senador custa mais de R$ 33 milhões, por ano. Já o custo anual de cada deputado federal é R$ 6,6 milhões. A média entre senadores e deputados federais brasileiros é de R$ 10,2 milhões por ano, por parlamentar.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Chega de tapados!

Tapado não é cego. O tapado é aquele que tem a visão direcionada, ou seja, vê tudo por apenas um ângulo. O político, na maioria das vezes, é assim. Muitos administradores públicos contratam assessores, mas não respeitam as opiniões dos “especialistas”. Conselhos então, só servem mesmo para encher lingüiça. Ou não?
Um exemplo é a geração de empregos. Bandeira político de 10 em cada 10 candidatos. Realização de um em 1000 eleitos.
Por que é tão difícil geral empregos? É a economia atravancada? Dólar? Petróleo? Bolsa de valores? Falta de qualificação profissional? Tudo isso, pode ser considerado. Mas a visão “limitada” de muitos políticos é uma agente que potencializa a crise, podem ter certeza.
Há anos, a administração pública era a grande fonte empregatícia nas cidades pequenas. Depois, a legislação e a obrigatoriedade dos concursos tornaram o “cabidão” um pouco mais difícil.
Então muitos prefeitos apostavam na industrialização de seus municípios, criando os chamados “parques industriais”, que hoje se resumem em terrenos cheio de mato ou barracões abandonados.
Depois veio a “onda” do turismo, como aposta para aqueles que não conseguiram se industrializar. Mas nessa área, a concorrência é desleal, já que alguns municípios possuem qualidade naturais para isso e outros não.
Universidades, ONGs, associações organizadas são outros meios de se “gerar” emprego, mas tudo isso caminha em passos lentos e, muitas vezes, quatro anos são insuficientes para conclusão de um projeto e o mandato do prefeito se finda, sem que a promessa seja cumprida e ele tenta desesperadamente a reeleição. Mas pode ser tarde.
Onde estaria o “santo graal” da geração de emprego, que esses tapados não conseguem enxergar? A resposta é simples: em muitos lugares, menos aqueles comuns, que todos pensam, como se tivessem descoberto a pólvora.
A cultura é um exemplo.
De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS), para cada milhão de reais investido em cultura, 163 empregos são gerados de forma direta ou indireta. O número só fica abaixo do setor agropecuário (com 202 empregos).
Com esse dado dá para constar que Santa Rita já atirou para todos os lados em busca dessa meta, menos na direção que mais deveria: a cultura.
A cidade berço de Zequinha de Abreu, que já teve festival de cinema, que tem a tradição italiana e outros atrativos culturais, fica insistindo em turismo de aventura, buscar indústrias, empregar mais de 500 mil na compra de uma área para um projeto duvidoso (pelo menos no meu ponto de vista) e esquece completamente daquela que pode ser sua única vocação!!!
Esquece! Esse é o termo, afinal, além de não desenvolver nada de “peso” em termos culturais, como foi o festival de cinema, a cidade fica fora da maioria dos programas oferecidos pelos governos federal e estadual na área. Exemplos são o Projeto Guri e a Ciranda Cultural Paulista (leia no caderno Mais).
É hora de tirar esse limitador de visão e passar a enxergar por outros ângulos, ou a promessa vai continuar promessa por mais uma temporada!

Deixa ver se eu entendi...

A CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Câmara não acabou em pizza, certo? Será? Sei não... A conclusão é que o “home” tem que devolver R$ 7,7 mil aos cofres públicos. E ai, fica por isso mesmo?
Bom, vou fazer uma equação matemática aqui (não é meu forte) para ver se a coisa ta “certa” mesmo:
O acusado gastou R$ 7,7 mil que não eram dele. Logo, ele se apropriou de dinheiro alheio (ou não?). Sua condenação é devolver o dinheiro e zefiní.
Em outra situação. Um pai de família desempregado furta uma galinha do quintal do vizinho para alimentar sua esposa e filhos. Ele é descoberto e propõe devolver a ave, porém seu “crime” já foi cometido e, mesmo repondo o produto do furto, ele vai continuar sendo o “ladrão de galinha”, vai responder por isso, além de ser julgado e condenado pela opinião pública.
Vamos lá, exceto pela família passando fome, qual a diferença dos dois personagens? Por que, um que assinou um contrato de mais de R$ 100 mil em um ano, “pode” se apropriar indevidamente de “míseros” R$ 7,7 mil e outro “não pode” desviar sua conduta e, prol de sua família faminta?
Claro uma das situações é hipotética, apenas para ilustrar. Afinal, quem sou eu para julgar fulano ou beltrano. Apenas uso da minha liberdade de expressão para expor meu sentimento diante de tantos fatos que acontecem nesse país que não considero muito justos.

Drops
O cara que atropelou o frentista em Ribeirão Preto não foi autuado em flagrante e nem teve prisão decretada pela Justiça. Ele é de classe média alta e estava com um carro novinho. Se fosse outro, de Fusca, a atitude seria a mesma?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cheiro de orégano


Essa história dos chamados cartões corporativos do governo federal não lembra alguma coisa??? Aqui em Passaquatroville tem um caso parecido rolando. O problema é que a coisa esfriou. Vocé também não tá sentindo um cheirinho de orégano no ar???

Faz tempo...

... que não escrevo nada de novo. Esse blog tá meio esquecido. Falta de inspiração.